IMPRESSÕES SOBRE A OBRA
– TEMÁTICA CENTRAL:
Trata-se de uma análise sobre como Chico Xavier, encarnado, e Humberto de Campos, desencarnado, colaboraram na transmissão de ensinamentos espirituais que reafirmam a imortalidade da alma e a continuidade da vida após a morte. A obra mostra como essa parceria contribuiu para a consolidação da Terceira Revelação — o Espiritismo — no Brasil, por meio de mensagens que integram ética, história e espiritualidade.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
O desenvolvimento da obra ocorre por meio de uma abordagem histórica, doutrinária e espiritual. O autor traça o panorama do Espiritismo no Brasil ao longo do século XX, destacando a atuação de Chico Xavier como médium e de Humberto de Campos como espírito comunicador. Relembra o impacto das obras psicografadas e o processo judicial movido pela família de Humberto, que se tornou um marco na história da mediunidade no país.
A obra examina como os ensinamentos transmitidos por Humberto de Campos se alinham aos princípios da Codificação Espírita feita por Allan Kardec, abordando temas como moral cristã, educação espiritual e o papel do Brasil na regeneração planetária.
Enfatiza a relevância da parceria mediúnica como instrumento de luz para o povo brasileiro e mostra como essas mensagens contribuíram para o despertar da consciência coletiva e para a consolidação do Espiritismo como filosofia de vida.
– ALGUNS PONTOS RELEVANTES:
“Improvisar cultura, erudição, conhecimento, é crer em “ciência infusa”; é admitir sabedoria de “geração espontânea”; é conceber erudição congênita ou hereditária. Não. O subconsciente recebe, registra, acumula e reproduz, fiel ou deformado, mas somente o que passou pela porta crítica da consciência. Não cria do nada. Conhecimento não se improvisa; adquire-se.”
“Quanto ao caso Humberto de Campos, o filho do escritor diz que o alvo da ação era a FEB, responsável pelas edições dos livros mediúnicos. Sua família “jamais pretendeu encetar uma cruzada contra o espiritismo e muito menos atacar o médium que psicografava [as] as ditas obras”.”
“Tantos anos se foram, tanta água passou sob a ponte e poucas pessoas, hoje em dia, não concordariam com uma certeza que temos: aquele verdadeiro escândalo, que ocupou a imprensa, até de outros países, tinha uma razão de ser. Quantas criaturas passaram a se interessar pela doutrina espírita depois daquele verdadeiro bombardeiro de notícias desencontradas.”
“O Brasil está cheio de ideologias novas, refletindo a paisagem do século; cabe aos bons operários do Evangelho concentrar suas atividades no esclarecimento das almas e na educação dos espíritos.”
“Há muitas sementes guardadas no plano espiritual aguardando que os jardineiros sensíveis as busquem para plantar em nossos canteiros.”
– O QUE DIZ A DOUTRINA ESPÍRITA:
“O primeiro exame comprobativo é, pois, sem contradita, o da razão, ao qual cumpre se submeta, sem exceção, tudo o que venha dos Espíritos. Toda teoria em manifesta contradição com o bom senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos já adquiridos, deve ser rejeitada, por mais respeitável que seja o nome que traga como assinatura. Incompleto, porém, ficará esse exame em muitos casos, por efeito da falta de luzes de certas pessoas e das tendências de não poucas a tomar as próprias opiniões como juízes únicos da verdade. […]
Essa a base em que nos apoiamos, quando formulamos um princípio da doutrina. Não é porque esteja de acordo com as nossas ideias que o temos por verdadeiro. Não nos arvoramos, absolutamente, em árbitro supremo da verdade e a ninguém dizemos: “Crede em tal coisa, porque somos nós que vo-lo dizemos.” A nossa opinião não passa, aos nossos próprios olhos, de uma opinião pessoal, que pode ser verdadeira ou falsa, visto não nos considerarmos mais infalível do que qualquer outro. Também não é porque um princípio nos foi ensinado que, para nós, ele exprime a verdade, mas porque recebeu a sanção da concordância.”
Evangelho Segundo o Espiritismo – Introdução – item II.
– SOBRE O AUTOR:
O autor Juliano P. Fagundes é reconhecido como um dos nomes mais atuantes no cenário espírita atual, especialmente por suas pesquisas voltadas à história, doutrina e personagens marcantes do Espiritismo brasileiro.
Natural de Goiânia (GO), é formado em Comunicação Visual, com MBA em Gestão de Negócios e pós-graduação em Antropologia.
Faz parte da diretoria da Casa Espírita Estudantes do Evangelho. É ainda, membro diretor do Igese – Instituto Goiano de Estudos Espíritas e da Aceleg – Academia Espírita de Letras do Estado de Goiás. É trabalhador da Federação Espírita do Estado de Goiás.
Atualmente possui 14 livros publicados.
INDICAÇÃO
Com linguagem clara, sólida fundamentação doutrinária, o livro se apresenta como uma leitura valiosa para estudiosos da Doutrina Espírita.