– TEMÁTICA CENTRAL:
A médium Heigorina Cunha, por meio de desdobramentos espirituais durante o sono, visita a cidade espiritual Nosso Lar e registra suas impressões visuais e sensoriais.
O livro apresenta ilustrações feitas pela médium, incluindo um plano piloto da cidade, com detalhes como ministérios, templos e áreas de regeneração.
A obra aprofunda e visualiza os ensinamentos já apresentados no livro Nosso Lar, oferecendo uma perspectiva mais concreta da organização espiritual pós-desencarne.
Discute como os espíritos se preparam para novas encarnações e como continuam sua jornada evolutiva após a morte física.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
O livro é fruto de um trabalho mediúnico singular, que une a psicografia de Francisco Cândido Xavier e Heigorina Cunha, com orientações dos espíritos André Luiz e Lucius. Seu desenvolvimento se dá por meio de uma combinação de experiências espirituais, registros visuais e explicações doutrinárias.
Durante o sono, ela visitava a cidade espiritual Nosso Lar, guiada pelo espírito Lucius. Ao retornar, registrava suas impressões por meio de desenhos detalhados.
Um dos destaques da obra é a planta baixa da cidade espiritual, que representa a estrutura de Nosso Lar com seus ministérios, praças e áreas de regeneração.
O espírito André Luiz oferece um preâmbulo esclarecedor, reforçando a seriedade e autenticidade do trabalho. Chico Xavier também contribui com sua mediunidade e orientação.
A obra complementa os ensinamentos dos livros da série Nosso Lar, trazendo uma dimensão visual e espacial à cidade descrita por André Luiz.
A cidade espiritual é descrita como tendo a forma de uma estrela de seis pontas, com a Governadoria no centro e os ministérios distribuídos em torno dela: Regeneração, Auxílio, Comunicação, Esclarecimento, Elevação e União Divina.
Essa abordagem inovadora permite visualizar e compreender melhor a organização da vida espiritual após o desencarne, oferecendo uma ponte entre o plano físico e o espiritual.
– ALGUNS PONTOS RELEVANTES:
“Vi-me saindo do corpo, conduzida por um Espírito que não pude identificar, seguindo para uma cidade espiritual que depois soube tratar-se da cidade Nosso Lar, da qual André Luiz, no livro que leva o mesmo nome, traça-lhe um perfil magnífico e esclarecedor.”
“Vi a cidade com alguns detalhes, guardando, ao despertar, toda a recordação da experiência daquela noite maravilhosa que se interrompeu em pleno amanhecer, quando o Espírito que me acompanhava convidou-me a regressar à Terra.”
“Habituados durante muitos séculos, à idealização do Céu e do Inferno, em termos sem correspondência com as expressões humanas, ainda mesmo diante das revelações contidas nas obras da Codificação, recusávamos a aceitar o óbvio. Se o Espírito sobrevivia ao corpo, e provas dessa sobrevivência foram abundantes a partir do surgimento da Doutrina Espírita, e se, por outro lado, os Espíritos nos asseguravam que nos reuniríamos em famílias e em agrupamentos, e que a vida continuava sem grandes mudanças depois da morte física, por que haveria de ser tão discrepante em relação aos moldes da vida terrena?”
“Cores e música completam-se para dar ao Nosso Lar ambiente de equilíbrio. E, neste ambiente sublime, transportamo-nos à compreensão de uma vida melhor do Espírito.”
“Somente pelo Espírito podemos sentir a grande harmonia que se transfundem em amor puro, pois este rege os mundos. Música e cores se integram definitivamente na Lei Universal, porque representam o pensamento de Deus.”
– O QUE DIZ A DOUTRINA ESPÍRITA:
“Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já Eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde Eu estiver, também vós aí estejais. (João, 14:1 a 3.)
Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado do Espírito na erraticidade. Conforme se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o Espaço e os mundos; enquanto alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente claridade e do espetáculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível. Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas.”
Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. III – item 2 – Há muitas moradas na casa de meu Pai
– SOBRE O AUTOR:
Heigorina Cunha foi uma médium e educadora espírita brasileira, nascida em 16 de abril de 1923, em Sacramento, Minas Gerais. Ela era sobrinha do renomado médium Eurípedes Barsanulfo, e desde cedo esteve envolvida com o movimento espírita iniciado por sua família.
Com 01 de idade, desenvolveu paralisia infantil, o que lhe causou limitações físicas permanentes.
Apesar disso, dedicou-se ao trabalho assistencial, criando enxovais para mães carentes desde os 10 anos.
Fundou a
Casa Assistencial Bezerra de Menezes, voltada ao atendimento de crianças com paralisia, onde aplicava técnicas de massagem e exercícios com resultados positivos.
Tornou-se conhecida por suas experiências de desdobramento espiritual, nas quais visitava cidades espirituais como Nosso Lar.
Desencarnou em 11 de agosto de 2013, aos 90 anos, em Uberaba, MG.